Lançada a Cartilha - Cadernos de Combate Estudantil, vol I.

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É com muita honra que nós do Comitê de propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí lançamos nossa primeira cartilha, Os “Cadernos de Combate Estudantil”. Nossa ideia é que esta cartilha seja uma publicação anual, tratando de organizar nossa produção teórica ao longo do ano. Mas não somente isso: É uma forma de demonstrar como aplicamos nossa linha política nas várias lutas que travamos ao longo do tempo.

Foi em Teresina que diversos militantes do Movimento Estudantil, ao estudar exaustivamente o programa de diversas organizações de juventude, perceberam uma falha: Quase todas elas tinham a linha política ditada por um partido eleitoreiro. Isso significa que suas ações tem por finalidade aumentar quantitativamente a organização política que a dirige diretamente, para transformar lutas em votos. Nesses estudos, encontramos a Rede Estudantil Classista e Combativa, que sintetizou nossas críticas através do Parlamentarismo Estudantil, e que vinha desde a sua fundação mantendo coerência com a causa do povo. Foi então que decidimos tornar a teoria em prática, na construção do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí.

Em um ano, realizamos diversas formações políticas, com o intuito de tanto ajudar na reorganização do movimento estudantil piauiense, quanto criar militantes disciplinados, coesos, e capazes de interpretar a realidade de acordo com a linha política da RECC. E assim, depois de pouco mais de 10 meses, seguimos o trajeto traçado: Direcionar nossas forças para fortalecer as bases estudantis em escolas e universidades, criticar profundamente as organizações que usam da estratégia do parlamentarismo estudantil, e direcionar as forças autônomas e classistas para uma organização. Nosso balanço é que decisão melhor não poderia ter sido tomada. Em nosso pouco tempo de vida, seguimos gerando respeito e referência de luta organizada entre as bases independentes, e temor entre os inimigos do povo. 

O ano de 2017 se aproxima, e junto dele, o avanço cada vez mais violento do Ajuste Fiscal, tanto a nível federal pelas mãos do governo Temer/PMDB (uma continuidade das políticas de austeridade do governo Dilma/PT), e a nível estadual, através do governo Wellington Dias/PT. Sabemos que a batalha no campo da luta de classes seguirá continuamente, e por isso, continuaremos nossa missão de organizar as bases de forma independente, fazendo no Movimento Estudantil o que muitas organizações dizem ser impossível. 

IR AO COMBATE SEM TEMER, OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
VIVA A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA!
VIVA O FÓRUM DE OPOSIÇÕES PELA BASE!
VIVA A LUTA DO POVO!

Há vida e luta além das eleições ao D.A. da UFPI/PHB

Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no PI. 
16 de Dezembro de 2016. Leia também no Facebook ou baixe para impressão como panfleto

AS ELEIÇÕES E O CAMPO DE FORÇAS POLÍTICAS
Encerrou-se ontem o processo de eleição ao DCE da UFPI de Parnaíba. O programa das chapas apresentava poucas diferenças nas propostas. Apesar disso, representavam uma polarização que não surgiu nas eleições, e não se dissipará com ela. De um lado, a continuidade do Coletivo Resistência, que apesar de ter tido função significativa na promoção de assembleias, definha ao longo do processo. Do outro lado, a chapa do bloco da reação, composta como continuidade do Coletivo UFPI Livre, formado por liberais, conservadores, tendo como apoiadores, membros de partidos, professores e diretoria.

OS RESULTADOS E A ANÁLISE MATERIAL DA SITUAÇÃO
Poderíamos dizer que o que se deu foi a vitória de um projeto político sobre o outro, mas não foi. Na realidade, demonstrou com mais ênfase a descrença que os alunos da UFPI mantém com o Diretório Acadêmico. Isso fez das eleições uma disputa de quem possuía mais amigos, como em uma eleição de "presidente de sala". Isso fica explícito com os números da eleição: Em uma universidade com 5.000 alunos, aproximadamente 800 votaram. Assim, um erro gigantesco e imperdoável é colocar a culpa de uma derrota eletiva sob os ombros dos estudantes, e não realizar uma autocrítica dos métodos utilizados no Movimento Estudantil para criar e solidificar a ação das bases. 

SUPERAR O PARLAMENTARISMO ESTUDANTIL E GARANTIR AS LUTAS
Chamamos de Parlamentarismo Estudantil um dos resultados da crise organizacional e estrutural do Movimento Estudantil brasileiro. Essa crise produz método imposto pelas entidades estudantis ligadas aos partidos políticos que consideram a vitória em Grêmios, C.A.s e D.C.E.s como prioritária entre os discentes. Reproduzem assim, os mesmos métodos que os partidos usam para chegar ao poder nas eleições. 
Esse é um método comum dentro do Movimento Estudantil brasileiro, sendo por vezes visto como natural, e por isso usado até mesmo por quem se considera independente (como em muitos casos na UFPI de Parnaíba, e em todo o Brasil). Mas ele não é natural. É o resultado do esforço dos partidos e de suas organizações estudantis em reduzir a ação dos estudantes aos seus interesses. Por isso, dizemos que superar o parlamentarismo estudantil é uma das chaves para fazer uma luta permanente e verdadeiramente independente por uma Universidade melhor.   

SEGUIR NA LUTA, COM ORGANIZAÇÃO, CLASSISMO E COMBATIVIDADE
O Comitê de Propaganda da RECC reconhece a importância do processo de disputa para Centros e Diretórios acadêmicos, mas não se ilude, acreditando que esta é a principal e única via para resolver as reivindicações estudantis. Essa ilusão é pregada pelo Parlamentarismo Estudantil. A construção de coletivos de curso e oposições aos DAs e DCEs é o caminho que a RECC mostra desde sua fundação, e que traçamos também, para o Piauí. Na nossa experiência, foi visto que esses coletivos mantinham a base dos cursos unida e em luta. Já as oposições aos D.As e D.C.Es aumentavam nossas reivindicações, sendo formada por estudantes de diversos cursos de uma Universidade. 
Esse é o caminho mais difícil dentro do Movimento Estudantil, mas hoje é o que se mostra como o mais correto. O resultado das eleições não pode ser motivo de frustração ou desistências: Este comunicado é também um convite. Nossa organização está constantemente aberta ao diálogo entre os lutadores sinceros e independentes, que desejam ingressar em nossas fileiras e construir conosco um novo movimento estudantil, que resgate suas tradições de luta, compromisso e dedicação com estudantes e trabalhadores. Um permanente e firme trabalho de base vem sendo realizado por todos nós, desde que nos propomos a construir a RECC no Piauí, e seguiremos assim, com coerência e unidade, sempre. 



"O Segredo da vitória é o povo" - Carlos Marighella.

CONSTRUIR COLETIVOS DE CURSO E UMA OPOSIÇÃO AO D.A. DA UFPI/PHB!
TODO PODER AOS ESTUDANTES!

Atividade do CP/RECC-PI em Teresina



O Comitê de Propaganda da RECC no Piauí convida para uma atividade que será realizada em Teresina, dia 12 de Dezembro (segunda), a partir das 17:30h na Praça do Besouro, no CCE da UFPI.
"A Crise no Movimento Estudantil: Entre avanços e retrocessos", vai discutir sobre os problemas estruturais do movimento estudantil brasileiro, sua história e as formas de superar os problemas que dificultam a luta dos estudantes.
Faremos também uma apresentação da Rede Estudantil Classista e Combativa, mostrando suas ações e atividades no Piauí, e as formas de se organizar com a gente.

> Dia 12 de Dezembro, próxima segunda, a partir das 17:30h na Praça do Besouro/CCE (UFPI-Teresina). Evento no facebook neste <link>

IR AO COMBATE SEM TEMER! OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!

Construir um Coletivo de Curso na História/UESPI-Parnaíba!

Comunicado do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí. 25.11.2016. Download aqui

O curso de História desde sua gênese sente a política de precarização da educação promovida por governos e políticos. Aos alunos, sempre foram oferecidas as salas menos estruturadas do campus, onde por vezes, não contavam com iluminação, carteiras ou ventilação adequada. Sofremos ainda com a falta de bolsas para garantir a permanência dos filhos dos trabalhadores, a ausência de uma boa biblioteca, e a falta de professores, um dos principais problemas do curso.

Barricadas erguidas no Palácio de Karnak
Apesar de todos os problemas atuais, é preciso recordar que até pouco tempo, nossa situação era muito pior. O que garantiu as relativas melhorias do curso (e do campus) em Parnaíba não foram acordos com diretorias ou reitorias, muito menos a participação de políticos oportunistas: Foi a ação direta estudantil. Quando os estudantes tomaram para si a responsabilidade de alterar a realidade das suas vidas, avançaram. Garantiram assim, através do movimento #SOSUESPI, salas de melhor qualidade, abertura da biblioteca, bolsas de estudo, dentre outras conquistas.

Atualmente, em um momento crítico da sociedade brasileira, onde a falsa polarização (Dilma x Temer), oculta o avanço do Ajuste Fiscal, através das medidas do Governo Federal (Temer/PMDB) e Estadual (Wellington Dias/PT), é necessário que os estudantes de História aprendam com o passado de lutas do curso. Foram essas lutas que garantiram inúmeras melhorias através da ação direta, como nas atividades do #SOSUESPI, das greves, paralisações e protestos de rua controlados por estudantes e tendo no curso de História uma referência de combate autônomo em todo o campus. 

Nossa dúvida já não é se os estudantes de História possuem capacidade de mudar as coisas. A experiência passada nos mostra que não só é possível, mas que aconteceu na prática. Nos preocupamos hoje em avaliar se os estudantes são capazes de se organizarem de forma permanente. Infelizmente, o cenário do curso atualmente é a divisão entre os estudantes, por inúmeros motivos: Desde problemas com professores, ou entre si. Essa luta interna só nos enfraquece, e dificulta a unidade na luta que tanto precisamos. Apesar disso, acreditamos que um coletivo de curso, organizado horizontalmente, fora dos oportunismos eleitoreiros, da tutela institucional, socialdemocrata, e reacionária, trabalhando em defesa de estudantes e trabalhadores, reacenderá a tradição combativa do curso de História na UESPI, garantindo a manutenção e avanço da luta pelo que é nosso por direito.


CONSTRUIR UM COLETIVO DE CURSO NA HISTÓRIA-UESPI/PHB!
LUTAR PARA ESTUDAR, ESTUDAR PARA LUTAR!
IR AO COMBATE SEM TEMER! OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!

Atividade do CP/RECC-PI em Parnaíba

Acesse, baixe e distribua o panfleto aqui


Damos boas-vindas a todos os e as estudantes que venceram a difícil prova do ENEM e ingressaram nos cursos da UESPI.
A UESPI é uma universidade com diversos problemas. Desde falta de professores, até falta de bons livros na biblioteca. Tudo o que temos hoje, foi conseguido com muita luta. O Movimento Estudantil (ME) sempre foi uma ferramenta útil aos estudantes da UESPI. Mas o que é o Movimento Estudantil?Quais são os grupos que fazem parte do M.E.?Todos eles são bons aos estudantes?

São essas e outras perguntas que nós do Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa iremos discutir em uma reunião. Essa reunião vai acontecer no auditório da UESPI, dia 24 de Outubro, uma segunda, a partir das 16h. A entrada é gratuita! Convoque sua turma, seu curso e participe!

IR AO COMBATE SEM TEMER, OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
POR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL CLASSISTA, COMBATIVO E INDEPENDENTE!

Acesse o evento no Facebook aqui

Porque não participaremos da "Escola de Formação Política" em Parnaíba

Comunicado do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí. Em 16.10.2016 
Baixe o comunicado aqui

Temos a constante preocupação de mostrar os passos políticos que damos. Por isso achamos conveniente explicar os motivos de não participarmos da "Escola de Formação Política", composta por uma "frente ampla de movimentos e organizações políticas" em Parnaíba. 

Uma "formação política" a serviço do atraso, e feita pelo atraso:
Sua primeira reunião aconteceu dia 15.10  na UFPI. E como havíamos previsto, a "frente ampla" era hegemonicamente formada por, principalmente, membros de três partidos: PT, PCdoB e PSOL, e suas “juventudes”, como a UJS (União Juventude Socialista, do PCdoB) e a UNE (Presidida a mais de duas décadas pela UJS).

Os dois primeiros partidos e suas organizações de juventude possuem um histórico grande de traições e sabotagens da luta do povo, no movimento estudantil, sindical, e no popular/de bairro. Foram eles que congelaram as lutas no país desde que o governo Lula assumiu em 2003. O último partido citado (PSOL) caminha desde a sua fundação, e cada vez mais, para o mesmo fim. Por conta disso, não há possibilidade de “unidade” com a socialdemocracia

A socialdemocracia arrasta o povo para a ilusão da política parlamentar. Arrasta para a utopia de que nossa maior arma é o voto. Arrasta para o oportunismo. Arrasta para o erro. Todos têm a sua ação limitada ao que seus partidos defendem. E se algum presidente, governador ou prefeito é do mesmo partido, ou aliado não se pode falar nada contra ele. Por terem o mesmo pensamento (as eleições, o fortalecimento de seus partidos, etc) sempre vão realizar esse tipo de aliança. E combater quem se coloque diretamente contra eles.

Nosso posicionamento:
Rejeitamos toda política inconsequente. Nossa palavra é escrita com fogo na realidade. Para nós o caminho certo é a luta fora dos partidos, políticos e governos. Fora das burocracias sindicais e estudantis. Fora da ilusão do voto. Nenhum governo é, foi, ou será por nós

É com esses princípios básicos que buscaremos organizar todas as pessoas mais sinceras e dispostas à luta em um fórum articulado permanentemente. Esse fórum será formado por trabalhadores, trabalhadoras, estudantes secundaristas e universitários independentes. Terá por função defender os direitos do povo, contra qualquer político ou governo que venha a atacar nossas conquistas, assim como avançar na construção de melhores condições de vida para todos e todas.


IR AO COMBATE SEM TEMER, OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
POR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL A SERVIÇO DA CAUSA DO POVO, 
COMBATIVO E INDEPENDENTE!

Atividade do CP/RECC-PI em Parnaíba

Acesse, baixe e distribua o panfleto aqui

A constante perda de direitos do povo agora avança contra a educação. Continuando o legado do governo Dilma, Temer dá início a Reforma do Ensino Médio. Essa reforma vai dificultar ainda mais a vida dos estudantes filhos de trabalhadores e trabalhadoras. Vai ser mais difícil entrar na universidade e permanecer nas aulas. Os professores também perdem nessa, já que a jornada de trabalho vai aumentar, e não vai mais ser preciso ser formado em uma área a nível superior pra dar aula.

Diante desses e de outros problemas que virão, e das possibilidades da gente vencer todos eles, o Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí (CP-RECC/PI) convida estudantes, trabalhadores e trabalhadoras para o debate chamado "Os estudantes e a Reforma no Ensino Médio". Ele vai acontecer dia 18 de Outubro, uma terça, a partir das 4 da tarde, no auditório do Liceu Parnaibano. A entrada é gratuita. Acesse o evento no facebook clicando aqui.

Nós estudantes não temos nada a perder! 
Temos tudo a ganhar!

IR AO COMBATE SEM TEMER! 
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!

Disponível a segunda edição do boletim "A Luta Estudantil"


Disponibilizamos para leitura online e download a segunda edição do boletim A Luta Estudantil, veículo de comunicação do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí. Incentivamos sua impressão e distribuição nas escolas e universidades. Nesta edição:


[UFPI-Parnaíba] Por um Coletivo de Curso na Psicologia!

Comunicado do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí. Parnaíba, 19.08.2016.
Baixe, imprima e distribua o comunicado <aqui>

01. Em 2016 o curso de psicologia da UFPI em Parnaíba completa 10 anos de sua fundação. Mas, entre avanços e retrocessos, o que há para comemorar? A nível federal, o governo Dilma/PT havia cortado mais de 15 bilhões da educação em 2015. Mostrando que os políticos são todos farinha do mesmo saco, o governo Temer, em 2016, promete arrancar 45% das verbas para a educação. Isso significa continuar a precariedade do ensino público dos governos anteriores. Ou seja, menos bolsas, menos programas de pesquisa e extensão e menos chances dos filhos dos trabalhadores continuarem na universidade que cada vez mais só permite a permanência dos ricos.
02. Em Parnaíba a burocracia e o autoritarismo de parte dos professores impede o avanço das pautas estudantis na UFPI, nos deixando limitados a decisões que sempre vem de cima, e devem ser obedecidas embaixo. Nessa situação, o movimento estudantil do curso de psicologia fica dividido de três formas: A. apatia, acreditando que tudo se resume ao Centro Acadêmico; B. aos debates meramente eleitoreiros, como “Fora Temer” e “Fica Dilma”, puxados pela UJS/UNE; e C. o setor combativo, disposto a mudança fora dessas duas linhas, mas que ainda se encontra desorganizado. Precisamos lembrar do passado de luta do curso para fazer um presente combativo.
03. Em 2011, estudantes de psicologia decretaram paralisação estudantil para arrancar uma educação de qualidade no curso, sem professores, testes psicológicos e até mobília para a clínica. Com a adesão dos cursos de fisioterapia, pedagogia, turismo e biologia à greve, o confronto direto com a reitoria se intensificou, o que permitiu que as reivindicações fossem atendidas.  
04. A luta dos estudantes do curso nos mostra que mesmo em tempos difíceis, é possível mudar. E para que isso aconteça é preciso se organizar para lutar, e pressionar reitoria, diretoria e coordenação de curso para que nossos problemas sejam resolvidos. A transformação da UFPI em Universidade Federal do Delta (UFD) e sua “abertura” para o diálogo não significa que seremos ouvidos ou mesmo que esse diálogo seja feito de igual para igual.
05. Não devemos esquecer nunca o caráter classista dessas lutas. Ser classista é ser solidário aos outros cursos e principalmente aos trabalhadores e trabalhadoras, dentro e fora da universidade, em suas lutas por boas condições de trabalho. Essa luta classista não pode nutrir nenhuma ilusão com candidatos, eleições, partidos ou governos: Deve ser feita pelas mãos dos estudantes, sem intermediários.
06. Diante disso, chamamos a todos os estudantes do curso de psicologia da UFPI de Parnaíba, interessados em construir uma militância sincera para formar um coletivo de curso, fora das burocracias, sem defender políticos, partidos ou governos, lutando de forma independente por uma educação de qualidade, ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras.

POR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVO!
CONSTRUIR O COLETIVO DE CURSO DA PSICOLOGIA!


Greve dos estudantes de psicologia por melhorias no curso

O que muda no Movimento Estudantil com Temer na presidência?

Leia o comunicado em pdf

1. Desde o início do processo de impeachment já havíamos avaliado mudanças na dinâmica de frações do movimento estudantil brasileiro (“A falsa polarização e as suas consequências para o movimento estudantil” e “Construir a Greve Geral de estudantes na UESPI”, textos disponíveis em nosso site) que se cumpriu com a aprovação do pedido de impedimento do governo Dilma/PT e a posse do governo Temer/PMDB. Seu governo pouco difere dos planos do governo Dilma, como demonstra o comparativo das plataformas econômicas nas quais ambos se apoiam: Dilma, na Agenda Brasil, e Temer, na Ponte para o Futuro. As duas plataformas defendem a dinamização da economia brasileira objetivando lucros, propondo cortes na saúde, educação, modificações das leis trabalhistas, fim do licenciamento ambiental para empresas nacionais e estrangeiras, assim como a retirada de territórios indígenas, pescadores, camponeses e de outras comunidades tradicionais para o agronegócio/construção civil.
2. Diante desse quadro, o governismo [1] (PT/PCdoB/UNE/UBES/LPJ/UJS/etc) tenta voltar às suas bases, com grande resistência, e adota um duplo discurso: De que está sendo alvo “da direita”, e que é “radical”. Para fomentar o primeiro, aponta o 'golpe' que o Governo Dilma sofreu, embora até pouco tempo atrás tenha feito conchavos com os setores 'golpistas', e mesmo em meio 'ao golpe', por exemplo, manteve-se ao lado da ministra Kátia Abreu, baronesa do agronegócio brasileiro. Dando corpo ao segundo, convoca suas bases para realizarem atos, “ocupações”, oficinas de cartazes e pichações convocando uma "revolução já". É peculiar que utilizem o símbolo do anarquismo nessas intervenções, como na UFPI de Teresina, para atrair os setores desorganizados, mas ultracombativos, para a defesa do governismo, "contra o golpe" e "contra a Globo", ações estas aprovadas em reunião para se efetivarem em todos os estados e municípios do país, como aponta a circular n° 09 do Partido dos Trabalhadores [2]

3. No meio das disputas, uma fração do para-governismo/reformismo [3] (PSOL/RUA; UJR/PCR) demonstra o que são de verdade: Meras linhas auxiliares do governismo, prontos para defendê-los ao mínimo de 'perigo' notado. Não só em ação, mas em seus respectivos veículos de comunicação, são publicadas diretrizes de atuação de seus militantes, e em ambos, o slogan "Fora Temer" se faz presente, assim como um tímido combate aos cortes, feito na crença de que sem Michel Temer (e com eleições gerais), os cortes cessarão.   
4. Outra fração do para-governismo/reformismo (ANEL/PSTU) anula a ação do povo fora do parlamentarismo, exigindo "fora todos", com um discurso profundamente anti-governista, mas sem capacidade de extrapolar a democracia burguesa, acreditando que o problema se resolveria com "eleições gerais". Mas isso não ocorre ao acaso.
5. É importante perceber que os setores para-governistas, principalmente ANEL/PSTU e RUA/PSOL agora convocam suas militâncias para a defesa de eleições gerais. O objetivo é claro: Colocar seus candidatos à presidência no poder, usando, mais uma vez, o movimento estudantil como trampolim da política parlamentar da democracia burguesa.
6. Enquanto o debate da falsa polarização ganha força no movimento estudantil, cooptando os mais ingênuos, e dando prosseguimento às inacabadas eleições presidenciais de 2014, nosso real inimigo segue intocado: O ajuste fiscal, um conjunto de ações que tem por finalidade 'salvar a economia brasileira'. Mas é preciso lembrar: Para salvar a economia brasileira, é preciso sacrificar trabalhadores e estudantes. Isso já é visível desde o governo Lula-Dilma/PT, com a modificação de leis trabalhistas, reforma da previdência, privatização do SUS via EBSERH e do ensino via Organizações Sociais (OSs), com os cortes de aproximadamente 15 Bilhões de reais na educação, e decretando em seu último dia de mandato, o fim da bolsa-permanência nas universidades, aumento de 237,5% na prestação do Minha Casa Minha Vida para a faixa que engloba as pessoas mais pobres no programa, a oficialização da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que dizimará indígenas da região, como já vem dizimando, e a aprovação da Lei Geral das Olimpíadas, que servirá para perseguir manifestantes no período da competição, como ocorreu com a Lei Geral da Copa, apoiada com o Manual da Garantia da Lei e da Ordem, feita pelo governo federal e exército, e que se estabeleceu com a Lei Antiterrorista. 
7. O ajuste segue com o governo Temer, que promete dar continuidade ao projeto de ajuste iniciado no governo Dilma, aplicando-o na educação, na saúde e nos direitos laborais. Ambos trabalharam e trabalham para o reaquecimento da economia nacional, assim como qualquer outro que esteja na presidência. Estão juntos também na articulação de um pacto interpartidário e nacional para salvar parlamentares de diversos partidos políticos. 
8. A tarefa dos que sabem que não é trocando de presidentes que se barra os cortes é seguir combatendo os inimigos do povo, pela via classista, combativa e pela base, longe de "pactos" com partidos, governos e empresas, organizando a luta dos estudantes secundaristas, técnicos e universitários, de públicas e particulares, sem oportunismos nem traições. 
9. Nós do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí não oferecemos nada além da luta sincera. Não prometemos lugares no governo, nem verbas de desvio financeiro de carteirinhas. O nossa caminho é, talvez, o mais difícil a se seguir da atual conjuntura no Movimento Estudantil, mas é o único que não se vende, atado na plataforma de partidos eleitoreiros, e nem faz acordos espúrios que traem os estudantes e trabalhadores.

NOTAS:
[1] Governismo é um termo que define as organizações que se vinculam e defendem a plataforma e as táticas do governo na militância sindical, estudantil e popular. É um termo que pode entrar em desuso, dada a “nova” conjuntura da democracia burguesa no país, em caso do processo de impeachment seja de fato efetivado.
[2] Para-governismo é um termo que define as organizações que não se vinculam ao governo, mas que usam de suas táticas na militância sindical, estudantil e popular. O termo também entrará em desuso pelos mesmos motivos.
[3] Circular Nº 9 – Frente Brasil Popular – Orientações para os estados contra o golpe. < www.pt.org.br/wp-content/uploads/2016/03/Circular-09.pdf>

Construir o Movimento Estudantil Classista e Combativo nas particulares!

Leia o comunicado em pdf ou imprima e distribua em formado de livreto

1. Desde os anos 90, e mais intensamente, nos governos Lula-Dilma/PT (2003/2016), cresceu o número de universidades particulares no país. Isto se deve, principalmente, aos pesados investimentos que o governo deu aos empresários donos de universidades particulares, com, por exemplo, a continuação do FIES, proposto por FHC e a criação do PROUNI, ao passo em que realiza medidas prejudiciais no setor público. Trata-se de um movimento coordenado: Ao invés de priorizar a melhoria do ensino médio, facilitando o acesso e permanência ao ensino universitário público, o governo optou por precarizar o setor público e subsidiar as pagas.

2. Assim, dada as péssimas qualidades do ensino médio público, e a desigual concorrência para o ENEM, trabalhadores e trabalhadoras na procura de pequenas melhorias salariais através de um curso superior, ou filhos da classe trabalhadora que buscam qualificação para o mercado de trabalho, ingressam nas universidades pagas, que recebem um número gigantesco de alunos, proporcional ao financiamento dado pelo Estado.

3. Estes investimentos, por sua vez, estão longe de terem correspondência com a qualidade estrutural e de ensino dessas universidades: Superlotação das salas de aula, bibliotecas desatualizadas, ausência de laboratórios de informática, precária estrutura física, etc.

4. Além desses problemas, as universidades pagas são marcadas por uma profunda inflexibilidade administrativa, onde reitores e diretores mandam e desmandam sem a mínima consulta do corpo estudantil, docente e demais funcionários, alterando horários, demitindo professores ou servidores, aumentam mensalidades e criam taxações financeiras para a burocracia interna, tais como provas de segunda chamada, emissão de documentos comprobatórios, e outros.

5. Assim, ao passo em que explora ao máximo os docentes e demais trabalhadores, desfigura o papel crítico e reflexivo que a educação pode trazer à sociedade e aos locais de estudo, adotando assim, nas universidades pagas, um modelo fabril de ensino, onde a diplomação no final do curso é a única coisa que importa.

6. Apesar de tais necessidades, vários setores do movimento estudantil nada fazem pelos estudantes das pagas, levantando suposições sem base alguma na realidade material, indicando, por exemplo, que “todos” são filhos da classe média que não tiveram capacidade de passar nas públicas, e que não sofrem as contradições sociais vividas “pelo povo”.

7. Quando estes setores fazem algo para o Movimento Estudantil das pagas, é apenas para aplicarem a política que adotam nas universidades públicas: O parlamentarismo estudantil, isto é, usar o ME como “treinamento” ou “plataforma” para serem futuros vereadores, deputados, etc. Outra consequência do parlamentarismo estudantil é a busca por ganhar eleições de Centros e Diretórios Acadêmicos a qualquer custo, onde somente nos períodos de eleição para tais instâncias, seus militantes aparecem, e declaram que vão “defender os estudantes”.

8. Existem duas principais frações do ME que utilizam o parlamentarismo estudantil: A) O Governismo, que recebe esse nome por servir de correia de transmissão das decisões do governo com o movimento estudantil, representado pela UNE/PCdoB-PT, Levante Popular da Juventude/PT-PCdoB, UJS/PCdoB, e outras; B) O Para-governismo, que apesar de ser anti-governista, utiliza as táticas do governismo para um dia ascender ao governo, representado pela ANEL/PSTU, RUA/PSOL, UJR/PCR, e outras.

9. A prática desses grupos é marcada por traições e alianças duvidosas com diversos setores que massacram os estudantes, e por isso, os estudantes das pagas devem ter muito cuidado ao lidar com tais organizações, que só querem eleger seus candidatos usando da luta do povo para isso.

10. Em outro extremo, longe das disputas oportunistas no ME para eleger vereadores, deputados, governadores, senadores e presidentes, estamos nós, da Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC). A RECC nasce em 2009, fruto da crítica aos setores governistas e para-governistas, e vem se consolidando nacionalmente desde então, forjando uma nova tradição no movimento estudantil, marcada pelo anti-governismo, o anti-reformismo, o classismo, a democracia de base, a efetiva aliança entre trabalhadores e estudantes, e a ação direta como forma de enfrentamento e modificação da realidade. 

11. No Piauí, a RECC está em processo de organização, e atua como Comitê de Propaganda (CP), que tem por função realizar atividades de agitação e propaganda junto ao movimento estudantil, assim como aglutinar em torno de si os mais sinceros e ativos estudantes que desejam agir de forma coletiva, que não compactuam com o governismo, o para-governismo, e desejam construir outra forma de fazer movimento estudantil.

13. Nós, do CP da RECC no Piauí, defendemos que os estudantes são uma fração da classe trabalhadora. E por isso, acreditamos que é fundamental auxiliar e desenvolver a luta dos estudantes das universidades particulares através de coletivos de curso e oposições por local de estudo. Assim, pela via da ação direta e do classismo, os estudantes das pagas conseguirão vitórias e experiências para as lutas futuras, sem traições nem oportunismos.

14. Nós, estudantes, desde o ensino fundamental ao universitário, sofremos em coletivo com o avanço do neoliberalismo e a situação extremamente precária na educação brasileira. Apesar dos pontos em comum, em nossos locais de estudo, possuímos demandas específicas. Indicamos algumas bandeiras de luta pontuais e correspondentes da necessidade imediata dos estudantes universitários das pagas, e que defenderemos de forma intransigente diante de embates com governos e empresas:

- Por assistência estudantil financiada pela própria universidade!
- Pela redução das abusivas mensalidades!
- Pela melhoria qualitativa e estrutural da universidade!
- Pelo fim do autoritarismo administrativo de reitorias e diretorias!
- Pela aliança classista e combativa entre trabalhadores e estudantes, com auto-nomia de partidos, governos, empresas, e construído pela base!

ORGANIZAR A LUTA DO POVO FORA DO OPORTUNISMO!
CONSTRUIR A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA NO PIAUÍ!

Atividade do CP/RECC-PI em Teresina

O Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí (CP/RECC-PI) convida estudantes secundaristas, técnicos e universitários para debater coletivamente sobre o movimento estudantil brasileiro, refletindo seu passado, presente, e como algumas organizações são na verdade entraves para a luta autônoma, classista e de ação direta dos estudantes.
A atividade será realizada no dia 21 de Maio, Sábado, na Praça da Filosofia da UFPI de Teresina (CCHL), a partir das 09h da manhã.
Link do evento no facebook através deste link

 

Atividade do CP/RECC-PI em Parnaíba

Um convite aos estudantes do povo!
Dando continuidade ao Ciclo Permanente de Debates, promovido pelo Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí (CP/RECC-PI), convidamos a todos os estudantes para participarem do encontro que ocorrerá dia 20 de Maio de 2016, a partir das 16h (4 horas da tarde) na quadra da UFPI, onde discutiremos o movimento estudantil no Brasil, do passado e do presente, e o que ele precisará para tornar-se novamente uma ferramenta de luta e organização estudantil, fora das burocracias, partidos, governos e empresas.
"O que é o Movimento Estudantil" também contará com uma apresentação do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí, mostrando como se deu seu desenvolvimento, como atua e o que pretende no movimento estudantil piauiense. O evento pode ser acessado no Facebook através deste link


Construir a Greve Geral de Estudantes na UESPI!

Acesse o texto em formato de panfleto aqui, Sua reprodução é livre.

Situação e estopim para a greve dos docentes e técnicos administrativos
Desde seu início, a UESPI sofre com todos os governos do Estado. Atualmente, nas mãos do governo Wellington Dias (PT), os professores foram surpreendidos no dia 07 de Abril deste ano, com a aprovação de uma lei que congela o Plano de Cargos e Salários dos servidores públicos estaduais. Essa também é uma política adotada a nível nacional pelo governo Dilma (PT), fazendo parte de um pacote de medidas para o ajuste fiscal (PL 257/2016). O “golpe” contra estudantes e trabalhadores segue, já que nunca parou.
Essa medida também afeta diretamente os técnicos-administrativos da UESPI, que já trabalham em condições precárias, que por vezes impossibilitam até mesmo atendimentos simples. A situação dos T.A.’s já foi explicitada ainda esse ano, com uma greve da categoria, que reivindicava, entre outras coisas, o pagamento total de benefícios. Dessa forma, professores e técnicos administrativos acordaram, desde o dia 18 de Abril, em construir coletivamente o movimento grevista tendo por objetivo principal barrar a lei 6.772, e garantir modificações no Plano de Cargos e Salários.

E nós, estudantes?
Nesse momento, nós pouco sofremos com a lei 6.772. Mas é preciso relembrar: A) Muitos de nós, em breve, comporemos o quadro de professores a nível municipal, estadual, federal, e nas particulares; B) Que este golpe, trabalhando conjuntamente com o ajuste fiscal do governo federal, será o primeiro de muitos, e não poderá passar de forma alguma. Esta é uma luta não só pelo presente, mas pelo nosso futuro; C) Que a UESPI não passa só por essa dificuldade. 
Atualmente, sofremos com a precarização, com a falta de livros na biblioteca; falta de professores; salas em péssimas condições de uso; falta de autonomia estudantil para usufruir do espaço da Universidade, para realização de eventos ou reuniões; corte ou ausência de bolsas para monitoria, trabalho, PIBIC, PIBEU e PIBID; falta de Restaurante Universitário e Creche; precariedade de laboratórios, dentre outras. 
É com esses problemas visíveis na Universidade, e com possibilidades reais de superarmos conjuntamente esses mesmo problemas, que acreditamos que para acelerar a vitória da greve e conseguir melhorias para nós, devemos o quanto antes realizar Assembleias Gerais de Estudantes em todos os campi da UESPI, para nelas debatermos as dificuldades de cada curso. A partir disso, formaremos Comitês de Greve por Curso (CGC), para construir com nossas bases uma greve estudantil com reivindicações próprias da categoria, garantindo assim autonomia frente às lutas do corpo docente, ao passo em damos apoio a suas mobilizações.  Os CGC’s têm por função mobilizar a participação de estudantes por curso nas Assembleias Gerais e dialogar localmente sobre os problemas que determinado curso enfrenta, para levar nas Assembleias e produzirmos uma lista de reivindicações sólidas e com representação ampla dos cursos. É na Assembleia Geral dos Estudantes que se debate e delibera decisões coletivas, devendo ser discutidas entre todos os presentes, e efetivada junto as bases dos cursos. Nas assembleias, a soberania de fala e de decisão deve estar totalmente nas mãos dos estudantes.
É preciso ainda garantir o afastamento de qualquer prática burocrática, e ter sempre como norte a ação direta como ferramenta de enfrentamento e garantia de vitórias, isto é, ter em mente que “abaixo-assinados”, “abraços coletivos na UESPI”, ou “contatos com deputados” em nada auxiliarão de forma efetiva na luta por melhorias da universidade, mas somente com ocupações, barricadas, manifestações de rua, etc., como vem ocorrendo em quase todas as universidades brasileiras.

Cuidados constantes contra o oportunismo!
Depois que parte do teatro da falsa polarização (PT versus PM/SDB) se encerrou no domingo (17.04) com a aprovação de impeachment deliberado pela Câmara dos Deputados, o governismo (PT/PCdoB/UNE/UJS, etc), tentará, onde houver governos de “oposição”, conclamar suas bases para provocar "lutas" que nada mais são revanchismos com interesse em utilizar os movimentos sociais como blindagem na disputa entre a burguesia nacional (PT versus PM/SDB) e pressionar os partidos que se opõem à eles. A outra possibilidade mais provável para a realidade da greve na UESPI é que o governismo retraia e condene o movimento grevista, acusando-o de “compactuar com a direita” e “abalar as frágeis estruturas da democracia”. O motivo é claro: O governador do Estado é membro do Partido dos Trabalhadores. Essa “jogada” do governismo já foi muito usada em outros momentos não só na UESPI, e não pode ser levada a sério. 
É preciso que os estudantes mantenham-se sempre alertas contra o oportunismo, pois o governismo tem desde o início do governo Lula-Dilma precarizado e sucateado a educação pública com medidas neoliberais como o FIES, e outros programas que beneficiam e financiam diretamente o setor educacional privado. É preciso lembrar ainda que o governo "de luta" pós-votação de impeachment é o mesmo que já tirou mais de 14 Bilhões de reais do orçamento para a educação, tendo como consequências o corte de 7000 bolsas da CAPES para mestrado e doutorado, além da falta de estrutura para a continuação de programas como o PIBID.
Por outro lado, uma fração do para-governismo (PSTU/ANEL), seguirá sua política cupulista fora das bases, como historicamente age em greves na educação, tomando decisões por fora das legítimas articulações estudantis em prol da própria organização. O movimento estudantil para eles serve somente como plataforma de propaganda e construção do Partido, reduzindo assim a ação dos estudantes. Essa política não é apontada somente por nós, mas por militantes do PSTU/ANEL que romperam com tais entidades.
Outra fração do para-governismo, representada pelo RUA/PSOL, buscará, como sempre, demonstrar “luta” em momentos como esse; uma luta que seguirá isolada pois assim como a ANEL/PSTU, as bases estudantis não reconhecem nem legitimam sua representatividade por serem claras as limitações da organização por conta da política reformista adotada pelo partido a qual pertence.
É válido lembrar, para se ter uma ideia, que ANEL/PSTU e RUA/PSOL uniram-se na greve de 2015 da UFC para desmontar a ocupação da reitoria desta instituição, fazendo o trabalho da polícia para amedrontar, desestabilizar e finalizar tal ação estudantil. 
Foram, aliás, esses mesmos “cuidados constantes”, desenvolvidos a partir da experiência material de estudantes em greves passadas com essas frações do movimento estudantil, que possibilitaram a organização e a criação do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí, originado da crítica ao modelo parlamentarista de todos eles.

Seguir os exemplos dos secundaristas do Rio, São Paulo e Goiás!
Os ataques à educação pública seguem também em outros Estados brasileiros. Em alguns destes, o destaque tem sido dado aos estudantes secundaristas, que com apoio popular e afastados das burocracias estudantis (UNE/UBES/AMES/UJS/Levante Popular/RUA/ANEL, etc) estão produzindo uma onda de ocupações articuladas a nível estadual, de forma autônoma, de ação direta e na defesa intransigente de uma educação pública e de qualidade. É este o posicionamento que nós, estudantes organizados no Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí, defenderemos antes, durante e depois da greve na UESPI: A independência de partidos, governos ou empresas, a participação e construção das e pelas bases. e o combate constante contra os inimigos dos estudantes e dos trabalhadores.


TODO APOIO A GREVE DOS DOCENTES E TÉCNICOS DA UESPI!
CONSTRUIR A GREVE GERAL ESTUDANTIL NA UESPI!
PARA BARRAR A PRECARIZAÇÃO, GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!

Atividade do CP/RECC-PI em Parnaíba



PT, PSDB ou PMDB? "Contra a corrupção" ou "Contra o golpe"? Enquanto os ricos brigam, o ajuste fiscal é aplicado nos setores públicos, como a educação. Só em Março desse ano, foram 4,27 bilhões de reais retirados da educação e 7000 bolsas da CAPES canceladas. Em que essa falsa polarização afeta o movimento estudantil? É possível defender nossos interesses de forma independente, e longe dos conflitos entre os partidos políticos?
É com essas reflexões que o Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa realizará mais um Ciclo de Debates Permanente, com o tema "Falsa Polarização e o Movimento Estudantil". O debate ocorrerá na quadra da UFPI de Parnaíba, às 15h do dia 22 de Abril de 2016.
Participe!

Mais informações em:
Link do evento aqui

A falsa polarização e suas consequências para o Movimento Estudantil

Baixe o documento em pdf clicando aqui

Iniciamos 2016 com uma certeza: As eleições de 2014 não acabaram, assim como as de 2018 já começaram. Vemos nas ruas querelas pela presidência do país. Mas será somente isso? Acreditamos que não. O que está em disputa é, principalmente, os rumos da política econômica brasileira. Mas não se enganem: Não se trata de “socialismoversuscapitalismo”, mas sim de uma disputa dentro do capitalismo. Concordamos que o país está dividido. Essa divisão, porém, não é de hoje: É uma divisão de classes, e que nada tem com a política burguesa.

A PSICOLOGIA DO TERROR
Para defender seu posicionamento, cada fração política criou sua representação. Os governistas e suas bases (PT, PCdoB, PCO, JPT, LPJ, UJS, UNE, UBES, etc), apoiados pela elite nacional e internacional que vê com bons olhos a política econômica desenvolvida pelo PT desde 2003, acreditam que está em curso um golpe militar, embora que na realidade material, não exista sequer a possibilidade de isso ocorrer. A psicologia do terror governista utiliza-se de um jargão característico, com mensagens “embutidas” para angariar as massas na defesa da governabilidade. Crer que existe uma polarização política (esquerda-direita, socialismo-capitalismo) dentro da democracia burguesa é um erro. 
Como expomos anteriormente, existe antes uma disputa intercapitalista. Crer no curso de um golpe militar é fechar os olhos para o mundo real; O governo federal tem a cada dia aumentado as verbas e o poderio armamentista do exército, assim como da Guarda Nacional, provavelmente para conter “opositores”. Crer em um “Estado democrático de direito” é esquecer-se das vítimas da política de expansão do agronegócio no campo e na floresta, é esquecer a ditadura militar nas favelas, é esquecer-se dos nossos companheiros de luta presos ou em processo de julgamento, é esquecer que nós, estudantes, sofremos duros golpes com o corte de verbas para a educação, é esquecer-se da Lei Antiterrorista, promulgada pelo governo Dilma contra os movimentos sociais, do Manual de Garantia da Lei e da Ordem, escrito a duas mãos pelo governo federal e pelo exército; é esquecer-se da Lei Geral da Copa, que garantiu os lucros de empresas estrangeiras e a permissão para dissolver mobilizações populares, e da Agenda Brasil, projeto que pretende avançar e facilitar a expansão do agronegócio, da mineração, das políticas energéticas, etc., contra camponeses, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Por outro lado, a direita liberal, capitaneada pelo PSDB e apoiada pela elite nacional e internacional que deseja modificar a estrutura do capitalismo brasileiro, pede a renúncia de Dilma, utilizando-se de toda burocracia estatal para isso (a mesma burocracia que é utilizada pelo governo para incriminar e massacrar nossos companheiros e companheiras). Utilizam-se também de mensagens “embutidas”: “Contra a corrupção”, embora seus principais idealizadores estejam afogados na mesma lama onde se encontra o governismo.
Não trataremos de forma mais aprofundada o reformismo (PSOL, PSTU, PCR, etc) e suas bases estudantis (RUA, ANEL, UJR, etc) por terem direta ou indiretamente comprado o discurso governista, em especial o PSOL/RUA e PCR/UJR, compondo juntamente com parte significativa da burocracia estudantil e sindical – UJS, UNE, UBES, CTB, Intersindical, CUT e outros – a “Frente do Povo Sem Medo”, buscando uma “(...) reforma democrática do sistema político(...)” ou, como o PSTU/ANEL, construírem uma possibilidade esquizofrênica de atuação política: Defendem o “Fora todos!”, acreditam que “o poder está nas mãos dos trabalhadores”, mas tendo como proposta central a convocação de novas eleições burguesas.
Da mesma forma, não nos aprofundaremos neste momento no debate sobre a direita conservadora por esta ser incipiente e não possuir capacidade de inserção em ambientes ou organizações populares com o discurso de “intervenção militar” ou “Bolsonaro Presidente”, existindo apenas virtualmente ou em pequenos grupos que só ganham projeção através da psicologia do terror governista.
   
AS CONSEQUÊNCIAS DA FALSA POLARIZAÇÃO NO M.E.
Existem vantagens e desvantagens visíveis da falsa polarização no M.E. A vantagem, é que as contradições das organizações estudantis ficam visíveis e expostas. A subserviência dos seus programas à tutela dos seus respectivos partidos (reformistas e governistas) fica clara. Clara também é, por consequência, as debilidades e limitações dessas organizações estudantis. O que antes se fazia visível de dois em dois anos, durante o período das eleições burguesas, hoje está escancarado. A burocracia estudantil se importa em arregimentar militantes aos seus partidos e defendê-los, e não em lutar com os estudantes pelos seus interesses. Além disso, em caso de ataques ao governo, o debate retroage, silencia-se ou apoia o governismo. É válido lembrar: Esse posicionamento não é uma traição do programa dessas organizações, mas sim sua efetivação na prática.
A desvantagem é que a psicologia do terror ressuscitou o governismo nas universidades e escolas. A “defesa da democracia” imobilizou as constantes ações estudantis de questionamento do governo, principalmente em relação aos cortes na educação. A histeria coletiva produzida por bombardeios midiáticos de todas as espécies e suas interpretações colocaram a luta estudantil de lado e convenceu grande parte dos estudantes a lutarem pelo governo, embora que de forma camuflada.

NOSSO POSICIONAMENTO
O Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí, alinhando-se com as táticas, estratégias, política e programa da Rede, concorda que o campo classista-popular não tem porque defender a “democracia” ou o “Estado democrático de direito”. Entre um governo que aprova lei antiterrorista, encarcera militantes, precariza as condições de trabalho e estudo do povo através de retirada de direitos históricos e cortes bilionários na educação, uma “oposição de direita liberal” de classe média, outra direita, conservadora, que não dialoga com o povo, e uma “terceira via” que busca ascender na burocracia do Estado, preferimos continuar o trabalho de base, aliados de forma indissociável aos interesses das classes trabalhadoras, e combatendo constante e ininterruptamente os avanços da precarização do ensino no Brasil, desde o sucateamento das Universidades, até a implantação das Organizações Sociais (OSs) na educação pública municipal e estadual.
Convidamos ainda os companheiros e companheiras no Piauí, que partilham deste mesmo posicionamento, a entrarem em contato com nosso Comitê de Propaganda para somarmos forças no combate à reação, ao governismo e ao reformismo no movimento estudantil, fazendo dele, novamente, uma poderosa ferramenta de defesa e construção de direitos para nós, estudantes do povo. 

CONTRA A FALSA POLARIZAÇÃO, LUTA POPULAR E ORGANIZAÇÃO!
CONSTRUIR A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA NO PIAUÍ!

Disponível a primeira edição do boletim "A Luta Estudantil"



Disponibilizamos para leitura online e download a primeira edição do boletim A Luta Estudantil, veículo de comunicação do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí. Sua versão física já está circulando nas escolas e universidades de Parnaíba, e em breve, em Teresina. Nesta edição:

Atividade do CP/RECC em Parnaíba


Um convite aos estudantes do povo!

Nós, do Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e combativa no Piauí iniciaremos o Ciclo Permanente de Debates com o tema: "A Conjuntura e as tarefas do Movimento Estudantil", que tem por intenção mostrar nosso posicionamento em relação a situação do movimento estudantil atual no Brasil. A formação acontecerá no miniauditório da UESPI de Parnaíba, dia 08 de Abril, a partir das 15h. Link do evento no facebook aqui

COMBATER A REAÇÃO, O GOVERNISMO E O REFORMISMO!
CONSTRUIR A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA!
TODO PODER AO POVO!

A conjuntura e as tarefas do movimento estudantil

Clique aqui para acessar o texto em pdf

Esta apresentação foi realizada durante o “Seminário de Formação Política: Movimentos Sociais e Serviço Social”, proposto pelo Centro Acadêmico de Serviço Social da UFPI/THE, onde nós, do Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa compomos uma mesa sobre Movimento Estudantil (M.E.).
Nossa linha de raciocínio se forjou a partir do Levante dos Marginalizados de Junho de 2013 e suas consequências para o Movimento Estudantil, uma vez que aquele dado momento foi essencial para apontar uma renovação nas formas de luta e organização popular, assim como apresentar um sujeito social que até então pouco tinha se expressado.
Este novo setor, que chamaremos aqui de “classista-popular” não pode ser entendido se retirado de sua condição de existência. Condições estas, precárias: Dificuldades estruturais ou financeiras no seu local de estudo (escola/universidade), e trabalho (terceirizados, “autônomos” ou desempregados). Além disso, alia-se um setor-chave que interliga estes dois campos: A necessidade de um transporte público de qualidade, pois em sua esmagadora maioria, utilizam-se destes transportes para o deslocamento (casa-trabalho-escola/universidade). 
Esta situação socioeconômica, por sua vez, produziu o espectro de compreensão política do setor classista-popular: Por nascerem ou crescerem no mandato Lula-Dilma/PT e perceberm que grande parcela desses problemas é causa direta da gestão neoliberal do Partido dos Trabalhadores, são antigovernistas.
O antigovernismo, porém, não refreia a crítica mais profunda: Os partidos reformistas (PSOL, PSTU, PCR, etc.) não atendem suas necessidades, e afirmam isso por compreenderem que a disputa política através do voto em pouco ou em nada muda a vida da população.
A partir dessa reflexão realizada na prática, a fração classista-popular não acredita na democracia burguesa, na política parlamentar e no voto.
Um dos motivos de serem combatidos por reacionários, governistas e reformistas é este: Eles recusavam a todos os modelos parlamentaristas.

REPRESENTAÇÕES DO SETOR CLASSISTA-POPULAR EM JUNHO DE 2013.
O setor reacionário (Empresas, patrões e políticos) logo criou uma interpretação para o fenômeno: Reuniram-se e decidiram “rachar” as manifestações. “Ordeiros e pacíficos” de um lado, “vândalos e desorganizados” de outro. Além disso, por vezes argumentaram que não possuíam capacidade/intenção política. Apenas porque compreendiam que ao longo das suas vidas, as promessas feitas por políticos profissionais nunca eram cumpridas, e que eles, além de financiados por empresários, governavam para empresários, e nunca para o povo e que só restava uma alternativa: A ação coletiva, autônoma, classista e de ação direta.
Essa imagem pregada pela reação (em especial, em suas mídias – tv, internet, jornais, etc) deu forças para que surgisse um campo “nacionalista/liberal” nas manifestações. Adotaram a divisão proposta pela reação, e, ao mesmo tempo em que se diziam “patriotas” e “defensores do Brasil”, defendiam privatizações, extermínio da juventude negra e pobre, e outras medidas e ações anti-povo. Apesar de se dizerem “sem partido”, defendiam alguns partidos políticos, como PSDB, DEM, PSC, etc.
Da mesma forma, o governismo (PT, PCdoB, PCO, etc.) também “comprou” essa ideia. Passou a reprimir violentamente as manifestações populares, e a combater com mais ênfase a esfera classista popular. A crítica ácida ao governo fez com que o governismo declarasse que trabalhadores e estudantes precarizados fossem “de direita”. Os colocaram no mesmo “campo” dos nacionalistas/liberais, pois assim se tornava mais fácil silenciar, e ao mesmo tempo massacrar o setor classista-popular.
O reformismo (PSOL/PSTU/PCR, etc.) também gerou sua interpretação do fenômeno social: Em um primeiro momento tentou disputar este campo, e, sendo rechaçado, passou a combatê-lo. A principal arma era declarar sua “incapacidade política”. Para eles, não disputar a democracia burguesa, desacreditar no voto e ter na força coletiva e popular a ferramenta de luta e organização é “não ter consciência política”. Uma tentativa suja e oportunista de tentar normatizar o real através do discurso. De silenciar o combate de quem sofre constantemente as contradições sociais, políticas e econômicas. 
Já as organizações autônomas (antigovernistas e anti-reformistas) defenderam veementemente o setor classista-popular. Por compreenderem que o povo deve lutar e se organizar, viram nas manifestações de Junho de 2013 o embrião das novas forças políticas e sociais do país. Estavam certos: Em 2014, o Sindicato dos Garis do Rio de Janeiro tentou entregar a greve do setor para o governo. Os garis então enfrentaram a burocracia sindical e deram continuidade à greve: A maioria de suas reivindicações foi atendida. Da mesma forma, no final de 2015 e no início de 2016, estudantes em São Paulo, vendo a eminência da reorganização das escolas públicas, decidiram por ocupar seus locais de estudo de forma autônoma: Conseguiram barrar este golpe contra a educação feito pelo Estado de São Paulo. Estes e outros exemplos são “ecos” do setor classista-popular em Junho de 2013.

O MOVIMENTO ESTUDANTIL PÓS-JUNHO DE 2013.
Com o acirramento político em Junho de 2013, a conjuntura do Movimento Estudantil se modificou drasticamente, organizando ou desorganizando coletivos que atuam ou atuavam no ME.
A primeira modificação perceptível, porém não preocupante, foi o começo da organização do setor “nacionalista/liberal”. Através de grupos de estudo ou coletivos, atuam no movimento estudantil através de promoção de festas e de disputa, em alguns casos, de C.A.s e D.A.s. Suas intenções para estes espaços estudantis é tão somente transformá-los em “Empresas Jr.”, emitindo carteirinhas para geração de “caixa”.
O governismo (JPT, Levante Popular da Juventude, UJS, UNE, UBES, etc.), que já sofria duros golpes no desde o início do governo Lula, intensificados com o governo Dilma, foram aniquilados do Movimento Estudantil, e recentemente ganharam forças através da falsa polarização política brasileira, isto é, só conseguem arregimentar militantes através do slogan “Não Vai ter Golpe”.
O reformismo (ANEL, Reviravolta, RUA, UJR, AMES, etc.) bifurcou-se. De um lado, implodiu. A crítica das bases contra a cúpula, e o imobilismo/burocracia da última fizeram com que se desligassem da organização e por vezes, até mesmo do partido que a guiava. Do outro lado cresceu. Aglomerou em suas bases a juventude social-democrata, que acredita nas eleições e no voto, mas que combatem o governismo. Outra causa de seu crescimento está em uma das fraquezas do último setor que trataremos aqui.
O setor classista-popular manteve-se fiel as posições adotadas em junho de 2013. Continuou de forma autônoma e combativa a militar no Movimento Estudantil e com mais força, mesmo que de forma dispersa. Onde havia organizações estudantis que contemplassem essa forma de luta e organização, este campo passou a atuar e dedicar suas forças a estas. Onde não havia tais organizações, passaram a desenvolver coletivos, que em geral eram efêmeros e centrados em ações locais, ou, por se verem isolados, começaram a “colaborar” com o reformismo.

AS TAREFAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL.
O movimento estudantil precisa se organizar. Isso não é novidade; aliás, é uma necessidade histórica. Mas o que Junho de 2013 apontou com mais ênfase, é que não se pode, porém, organizar-se em qualquer tipo de coletivo. Cada um possui uma plataforma política, que desenvolve suas ações e táticas dentro do M.E. 
É certo que as organizações governistas não representam os estudantes. É preciso ainda reconhecer que o reformismo não possui capacidade de apontar os rumos da ação dos estudantes. São limitados pelo programa que defendem, geralmente burocráticos e onde a decisão é tomada por uma cúpula, ou o seu total inverso: A falta de um programa e a desorganização coletiva, desligada da realidade dos estudantes.
Para o movimento estudantil voltar a ser uma ferramenta útil na luta, é preciso romper definitivamente com a reação, o governismo e o reformismo. É preciso reconhecer suas falhas e traições históricas, geralmente causadas por disputas que em nada contemplam os estudantes. É preciso perceber a necessidade de se construir um novo caminho no Movimento Estudantil. Um caminho de autonomia e combate permanente contra os inimigos dos estudantes e dos trabalhadores. Assumimos, através de alguns anos militando no M.E. piauiense, que este reconhecimento e caminho só podem avançar dentro de uma organização que tenha em seu programa a efetiva e sólida defesa do povo. Esta organização, ao nosso ver, é a Rede Estudantil Classista e Combativa, que no Piauí desenvolve suas atividades através de um Comitê de Propaganda até solidificar-se e enraizar-se no Estado. 
Convidamos a todos e todas os/as interessados/as a conhecer e debater sobre a RECC, para posteriormente construirmos coletivamente a organização.

SEM PELEGUISMO, NEM TRAIÇÃO!
EDSON LUÍS VIVE E VENCERÁ!
ANTÔNIO DE PÁDUA COSTA, PRESENTE!
CONSTRUIR A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA NO PIAUÍ!

Funda-se o site do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí!

Diante da necessidade de aprofundar o nível de difusão do Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Estado do Piauí, seus membros declaram a fundação de seu site oficial. Por meio deste, serão difundidos os informes nacionais da RECC, assim como seus materiais de formação, como as cartilhas e as edições do Jornal Avante!
Além disso, o espaço destina-se a publicar as ações que o Comitê de Propaganda da RECC no Piauí realizará ao longo de sua existência, como formações políticas, cine-debates, análises de conjuntura do Movimento Estudantil local, dentre outras. 
Convidamos ainda os companheiros e companheiras curtirem nossa página no Facebook, caso tenham se interessado em conhecer a RECC. Através dela, serão divulgadas naquela rede social nossas atividades. 


POR UMA ORGANIZAÇÃO DE ESTUDANTES INDEPENDENTE 
E A SERVIÇO DAS CLASSES TRABALHADORAS!
CONSTRUIR A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA!