A conjuntura e as tarefas do Movimento Estudantil

O texto que apresentamos agora é um resumo de uma mesa realizada em 04 de Março de 2016, dentro da programação de uma formação política proposta pelo Centro Acadêmico de Serviço Social da Universidade Federal do Piauí, em Teresina. A apresentação completa está disponível online em nosso site.
O intuito da apresentação foi realizar um debate em torno do movimento estudantil, tendo como ponto de início as manifestações de Junho de  2013. Nelas, foi possível perceber uma juventude  independente, que compreendia as dificuldades que passavam no dia a dia, e por isso, combatiam o governo,  não se reconheciam nos “partidos de oposição”, e viam que o voto é uma mentira.
Por não terem conseguido controlar esse setor, os governistas e os reformistas passaram a dizer que eles eram “de direita”, e além disso, que eram vândalos ou “despolitizados”. Defendemos que aqueles jovens sim, eram politizados; deram o suor e o sangue para que a luta por um transporte melhor pudesse chegar ao fim com uma vitória, e sabiam que nem o governo, e nem a “oposição” ao governo conseguiria, pois são farinha do mesmo saco: Governam ou governariam para os ricos, e logo esqueceriam o povo.
Quando a onda de protestos parou, o Movimento Estudantil mudou: Os governistas (UNE, UBES, JPT, UJS, Levante Popular da Juventude, etc. foram expulsos das escolas e das universidades; Os reformistas (ANEL, RUA, Reviravolta, UJR) conseguiram entrar muito pouco nos locais de estudo. Os estudantes sabiam não pela teoria, mas pela própria vivência: Todos eles eram traidores dos estudantes e do povo.
Nessa situação, caberia então aos estudantes procurarem combater cada vez mais essas organizações oportunistas no movimento estudantil, e organizarem-se em correntes estudantis independentes, que lutassem de verdade pelos estudantes, e pelos nossos pais, irmãos, irmãs, e grande parte de nós mesmos: Trabalhadores. Indicamos que este caminho  só poderia ser seguido com a RECC.