Atividade do CP/RECC-PI em Parnaíba

Um convite aos estudantes do povo!
Dando continuidade ao Ciclo Permanente de Debates, promovido pelo Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí (CP/RECC-PI), convidamos a todos os estudantes para participarem do encontro que ocorrerá dia 20 de Maio de 2016, a partir das 16h (4 horas da tarde) na quadra da UFPI, onde discutiremos o movimento estudantil no Brasil, do passado e do presente, e o que ele precisará para tornar-se novamente uma ferramenta de luta e organização estudantil, fora das burocracias, partidos, governos e empresas.
"O que é o Movimento Estudantil" também contará com uma apresentação do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí, mostrando como se deu seu desenvolvimento, como atua e o que pretende no movimento estudantil piauiense. O evento pode ser acessado no Facebook através deste link


Construir a Greve Geral de Estudantes na UESPI!

Acesse o texto em formato de panfleto aqui, Sua reprodução é livre.

Situação e estopim para a greve dos docentes e técnicos administrativos
Desde seu início, a UESPI sofre com todos os governos do Estado. Atualmente, nas mãos do governo Wellington Dias (PT), os professores foram surpreendidos no dia 07 de Abril deste ano, com a aprovação de uma lei que congela o Plano de Cargos e Salários dos servidores públicos estaduais. Essa também é uma política adotada a nível nacional pelo governo Dilma (PT), fazendo parte de um pacote de medidas para o ajuste fiscal (PL 257/2016). O “golpe” contra estudantes e trabalhadores segue, já que nunca parou.
Essa medida também afeta diretamente os técnicos-administrativos da UESPI, que já trabalham em condições precárias, que por vezes impossibilitam até mesmo atendimentos simples. A situação dos T.A.’s já foi explicitada ainda esse ano, com uma greve da categoria, que reivindicava, entre outras coisas, o pagamento total de benefícios. Dessa forma, professores e técnicos administrativos acordaram, desde o dia 18 de Abril, em construir coletivamente o movimento grevista tendo por objetivo principal barrar a lei 6.772, e garantir modificações no Plano de Cargos e Salários.

E nós, estudantes?
Nesse momento, nós pouco sofremos com a lei 6.772. Mas é preciso relembrar: A) Muitos de nós, em breve, comporemos o quadro de professores a nível municipal, estadual, federal, e nas particulares; B) Que este golpe, trabalhando conjuntamente com o ajuste fiscal do governo federal, será o primeiro de muitos, e não poderá passar de forma alguma. Esta é uma luta não só pelo presente, mas pelo nosso futuro; C) Que a UESPI não passa só por essa dificuldade. 
Atualmente, sofremos com a precarização, com a falta de livros na biblioteca; falta de professores; salas em péssimas condições de uso; falta de autonomia estudantil para usufruir do espaço da Universidade, para realização de eventos ou reuniões; corte ou ausência de bolsas para monitoria, trabalho, PIBIC, PIBEU e PIBID; falta de Restaurante Universitário e Creche; precariedade de laboratórios, dentre outras. 
É com esses problemas visíveis na Universidade, e com possibilidades reais de superarmos conjuntamente esses mesmo problemas, que acreditamos que para acelerar a vitória da greve e conseguir melhorias para nós, devemos o quanto antes realizar Assembleias Gerais de Estudantes em todos os campi da UESPI, para nelas debatermos as dificuldades de cada curso. A partir disso, formaremos Comitês de Greve por Curso (CGC), para construir com nossas bases uma greve estudantil com reivindicações próprias da categoria, garantindo assim autonomia frente às lutas do corpo docente, ao passo em damos apoio a suas mobilizações.  Os CGC’s têm por função mobilizar a participação de estudantes por curso nas Assembleias Gerais e dialogar localmente sobre os problemas que determinado curso enfrenta, para levar nas Assembleias e produzirmos uma lista de reivindicações sólidas e com representação ampla dos cursos. É na Assembleia Geral dos Estudantes que se debate e delibera decisões coletivas, devendo ser discutidas entre todos os presentes, e efetivada junto as bases dos cursos. Nas assembleias, a soberania de fala e de decisão deve estar totalmente nas mãos dos estudantes.
É preciso ainda garantir o afastamento de qualquer prática burocrática, e ter sempre como norte a ação direta como ferramenta de enfrentamento e garantia de vitórias, isto é, ter em mente que “abaixo-assinados”, “abraços coletivos na UESPI”, ou “contatos com deputados” em nada auxiliarão de forma efetiva na luta por melhorias da universidade, mas somente com ocupações, barricadas, manifestações de rua, etc., como vem ocorrendo em quase todas as universidades brasileiras.

Cuidados constantes contra o oportunismo!
Depois que parte do teatro da falsa polarização (PT versus PM/SDB) se encerrou no domingo (17.04) com a aprovação de impeachment deliberado pela Câmara dos Deputados, o governismo (PT/PCdoB/UNE/UJS, etc), tentará, onde houver governos de “oposição”, conclamar suas bases para provocar "lutas" que nada mais são revanchismos com interesse em utilizar os movimentos sociais como blindagem na disputa entre a burguesia nacional (PT versus PM/SDB) e pressionar os partidos que se opõem à eles. A outra possibilidade mais provável para a realidade da greve na UESPI é que o governismo retraia e condene o movimento grevista, acusando-o de “compactuar com a direita” e “abalar as frágeis estruturas da democracia”. O motivo é claro: O governador do Estado é membro do Partido dos Trabalhadores. Essa “jogada” do governismo já foi muito usada em outros momentos não só na UESPI, e não pode ser levada a sério. 
É preciso que os estudantes mantenham-se sempre alertas contra o oportunismo, pois o governismo tem desde o início do governo Lula-Dilma precarizado e sucateado a educação pública com medidas neoliberais como o FIES, e outros programas que beneficiam e financiam diretamente o setor educacional privado. É preciso lembrar ainda que o governo "de luta" pós-votação de impeachment é o mesmo que já tirou mais de 14 Bilhões de reais do orçamento para a educação, tendo como consequências o corte de 7000 bolsas da CAPES para mestrado e doutorado, além da falta de estrutura para a continuação de programas como o PIBID.
Por outro lado, uma fração do para-governismo (PSTU/ANEL), seguirá sua política cupulista fora das bases, como historicamente age em greves na educação, tomando decisões por fora das legítimas articulações estudantis em prol da própria organização. O movimento estudantil para eles serve somente como plataforma de propaganda e construção do Partido, reduzindo assim a ação dos estudantes. Essa política não é apontada somente por nós, mas por militantes do PSTU/ANEL que romperam com tais entidades.
Outra fração do para-governismo, representada pelo RUA/PSOL, buscará, como sempre, demonstrar “luta” em momentos como esse; uma luta que seguirá isolada pois assim como a ANEL/PSTU, as bases estudantis não reconhecem nem legitimam sua representatividade por serem claras as limitações da organização por conta da política reformista adotada pelo partido a qual pertence.
É válido lembrar, para se ter uma ideia, que ANEL/PSTU e RUA/PSOL uniram-se na greve de 2015 da UFC para desmontar a ocupação da reitoria desta instituição, fazendo o trabalho da polícia para amedrontar, desestabilizar e finalizar tal ação estudantil. 
Foram, aliás, esses mesmos “cuidados constantes”, desenvolvidos a partir da experiência material de estudantes em greves passadas com essas frações do movimento estudantil, que possibilitaram a organização e a criação do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí, originado da crítica ao modelo parlamentarista de todos eles.

Seguir os exemplos dos secundaristas do Rio, São Paulo e Goiás!
Os ataques à educação pública seguem também em outros Estados brasileiros. Em alguns destes, o destaque tem sido dado aos estudantes secundaristas, que com apoio popular e afastados das burocracias estudantis (UNE/UBES/AMES/UJS/Levante Popular/RUA/ANEL, etc) estão produzindo uma onda de ocupações articuladas a nível estadual, de forma autônoma, de ação direta e na defesa intransigente de uma educação pública e de qualidade. É este o posicionamento que nós, estudantes organizados no Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí, defenderemos antes, durante e depois da greve na UESPI: A independência de partidos, governos ou empresas, a participação e construção das e pelas bases. e o combate constante contra os inimigos dos estudantes e dos trabalhadores.


TODO APOIO A GREVE DOS DOCENTES E TÉCNICOS DA UESPI!
CONSTRUIR A GREVE GERAL ESTUDANTIL NA UESPI!
PARA BARRAR A PRECARIZAÇÃO, GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!

Atividade do CP/RECC-PI em Parnaíba



PT, PSDB ou PMDB? "Contra a corrupção" ou "Contra o golpe"? Enquanto os ricos brigam, o ajuste fiscal é aplicado nos setores públicos, como a educação. Só em Março desse ano, foram 4,27 bilhões de reais retirados da educação e 7000 bolsas da CAPES canceladas. Em que essa falsa polarização afeta o movimento estudantil? É possível defender nossos interesses de forma independente, e longe dos conflitos entre os partidos políticos?
É com essas reflexões que o Comitê de Propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa realizará mais um Ciclo de Debates Permanente, com o tema "Falsa Polarização e o Movimento Estudantil". O debate ocorrerá na quadra da UFPI de Parnaíba, às 15h do dia 22 de Abril de 2016.
Participe!

Mais informações em:
Link do evento aqui