Desde o ano de 2014 o prédio do CEEP, em Parnaíba, está em reforma. A maioria dos alunos não sabem a razão da reforma. Um dos supostos motivos é que a instalação elétrica e o teto foram reprovados em uma inspeção de fiscalização.
Começa então o suplício dos estudantes: No primeiro semestre de 2015, foram divididos entre a Escola Roland Jacob, e o Polivalente (CEMTI). No segundo semestre daquele ano, todas as turmas permaneceram no Roland Jacob. Em 2016, foram transferidos para a Escola Joaz Rabelo, no Bairro Rodoviária.
Essa constante mudança dificultou muito a vida dos alunos. As turmas do curso técnico são aprovadas sem aulas práticas por falta de laboratórios. O teste seletivo de ingresso na Escola foi cancelado, sem a entrada de novos alunos. Além disso, a localização afastada dificulta a permanência dos antigos alunos, causando muitas desistências. Muitos de nós vão ao colégio de van, e com a passagem muito cara para filhos de trabalhadores e trabalhadoras que somos, muitos não conseguem ir assistir as aulas.
A medida que as promessas da direção aumentavam, nossa paciência diminuía. Foi então que no dia 09 de Junhp, durante a passagem da tocha em Parnaíba que os estudantes fizeram a primeira ação direta pela reforma do CEEP. Na inauguração de uma quadra na Gerência Regional de Educação (GRE), e com a presença do Governador Wellington Dias (PT), os aluno fizeram uma manifestação e bloquearam a saída do Governador, contando com o apoio da população da região. A manifestação do CEEP foi decisiva para abrir dois campos na luta estudantil em Parnaíba. Enquanto mais tarde naquele dia, alguns estudantes da UFPI se uniram para um ato "Fora Temer", e pela volta da presidenta Dilma, os alunos do CEEP mostraram que já sabem que com Dilma ou sem Dilma, o ensino público sofrerá ataques.
A manifestação não garantiu a retomada da reforma no CEEP, mas mostrou que independente de governo, só a luta consegue arrancar dos poderosos os nossos direitos, não pelo voto ou por abaixo-assinados. Por isso é importante que os estudantes do CEEP compreendam a importância da organização, e montem um Fórum Estudantil Permanente. Esse Fórum precisa ser independente da direção do colégio, onde as decisões são tomadas pelos estudantes. Exigir a reforma do CEEP é combater as várias medidas do governo para cortar gastos, o conhecido "ajuste fiscal", iniciado no governo Dilma, e continuado no governo Temer.
Nós do Comitê de Propaganda da RECC damos todo apoio aos estudantes do CEEP em suas lutas pelos seus direitos, fora das burocracias estudantis e sem cair nas armadilhas dos inimigos dos estudantes.
TODO APOIO AOS ESTUDANTES DO CEEP!
SÓ A LUTA MUDA!