Em meados de 2016, ao iniciar minhas aulas na UFPI – Campus Parnaíba, pude estar participando ativamente do que acontecia com a sociedade brasileira, tanto mentalmente (através de busca de informações), quanto fisicamente (participando de ações). Nesse mesmo período, houve um certo alvoroço para a reestruturação de uma corrente do movimento estudantil chamada UJS (União da Juventude Socialista, do PCdoB) em Parnaíba. A princípio, vi como uma oportunidade para poder unir forças com outras pessoas, com os mesmos objetivos que os meus, para assim podermos pensar e agir juntos. Durante minha participação, aceitei ser Vice-Presidente da organização na cidade. Como muita coisa, o começo foi intenso. Me fez realmente pensar que poderíamos mudar algo, fortalecido com o congresso estadual da organização em Teresina. Porém, fogo em palha acaba rápido, e com a UJS – Parnaíba, não foi diferente.
As "ações" não passavam de ideias discutidas num grupo de WhatsApp que cada vez mais caía em esquecimento. E em um momento do qual não me recordo, por inatividade, silenciei o grupo no aplicativo. Cansei.
Enquanto muita coisa acontecia no Brasil, os únicos movimentos que via eram aqueles que poderiam de alguma maneira, trazer visibilidade. Mídia. Mas enquanto isso, a favela continua a sangrar.
Tempo após tempo, me vi cada vez mais desanimado. Em um dado momento, resolvi me afastar de tudo. Mas voltei às atividade com alguns alunos na UFPI, com ações que tinham como foco somente o campus dentro do "Movimento Resistência". Após alguns meses, ver as siglas RECC/FOB era cada vez mais recorrente, e a curiosidade sobre a organização aumentava. O contato inicial não foi muito convidativo, por conta da desconfiança dos membros do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí, gerada por minha intenção de participar das atividades da organização sendo ainda membro da UJS/PCdoB. Mas, resolvido esse contratempo, pude começar o processo de ingresso no CP/RECC-PI.
O que mais me chamava atenção, era o foco: A base. Os estudantes. Os trabalhadores. Afinal, quem é que realmente leva esse país nas costas? Esse, para mim, foi o maior diferencial. Outras pautas defendidas, eram não só de meu conhecimento como mais importante, de minha concordância, o que mostrava que muitos pontos em comum começavam a se unir. O processo de ingresso foi demorado por diversos contratempos, entre o trabalho e o estudo.
Ao final de todo o processo, a conclusão não poderia ser outra:
Digo aqui que me declaro fora da organização estudantil intitulada por União da Juventude Socialista (UJS/PCdoB), para poder construir a RECC no Piauí, e assim, juntos, possamos lutar por aqueles que fazem parte de nós.
Nasci na base, na base me criei e por ela lutarei!
Camarada P.